Ter amor próprio não é ser egoísta
O amor é um forte sentimento de carinho e de demonstração de afeto. Esse sentimento pode se manifestar de diferentes formas, mas uma de suas principais características é a necessidade de proteção à pessoa que é amada.
Você se sente assim em relação a você?
Quais são as suas atitudes diárias que demonstram que você se ama?
Você faz bem a si mesma? Se protege? Você tem cuidado com você mesma?
Quando você se olha no espelho, sente orgulho do que vê?
Se você achou difícil responder essas perguntas em relação a você, é provável que você precise trabalhar a sua autoestima e o seu amor próprio.
Agora reflita sobre essas questões em relação a outras pessoas.
Ficou mais fácil imaginar alguém a qual você faz bem, protege e tem cuidado?
Isso acontece porque vivemos em uma cultura onde o “ame o próximo” é muito mais importante que o “ame a ti mesmo”.
Nessa cultura, o amor próprio, a autoestima e a autoconfiança podem ser facilmente confundidos com o egoísmo e o orgulho por pessoas que não sabem o real significado de se amar, de se valorizar. Isso porque aprender a nos amar muitas vezes implica em dizer não ao outro. Apesar disso ser prontamente encarado de maneira pejorativa, precisamos quebrar esse pensamento de que se amar acima de tudo é achar que todos os outros são inferiores.
Isso não é verdade.
Ser egoísta é nunca fazer concessões, é ser individualista e se amar exclusivamente, sem exceções. Porém, quando temos amor próprio – o que é diferente de ser egoísta – não fazemos bem a nós apenas. Quando nos amamos, o mundo inteiro nos ama de volta e essa positividade atinge todo o nosso exterior.
Além disso, quando dizemos sim ao outro, em muitas situações, acabamos por anular a nossa própria vontade.
Como isso pode parecer justo?
Isso acontece porque muitas de nós temos dificuldade em estabelecer o limite para o outro e não sabemos dizer não.
Reflita sobre as suas atitudes. Quantas vezes você já deixou de falar “sim” a você mesma para agradar o outro e para parecer que é uma boa pessoa?
Muitas vezes, não é mesmo?
Precisamos entender de uma vez por todas que tudo o que temos e a única pessoa que sempre estará do nosso lado, que sempre vai entender o que verdadeiramente queremos não é ninguém menos que nós mesmas. É por isso que o amor próprio se faz tão importante.
Uma das principais características da falta de amor próprio é sempre tentar corresponder às expectativas das outras pessoas. E quando fazemos isso, deixamos muito de nossa essência para trás, amando mais os outros e as vontades deles do que as nossas. Quando estamos nessa fase de tentar ser aceita, é muito fácil achar que fazer o que os outros querem é algo nobre e altruísta.
Felizmente, a vida é repleta de autodescobertas. Conforme vamos crescendo e evoluindo como mulheres, podemos nos conduzir a levar uma vida mais voltada para nós e alinhada à nossa verdadeira essência. Se você chegou a este artigo hoje, é porque está pronta para se descobrir como dona de si, como a sua pessoa preferida e pronta para esquecer qualquer ideia de que amor próprio é o mesmo que egoísmo.
É importante não se prender a nada nesse sentido ou o seu caminho em direção ao amor próprio será ainda mais longo e árduo. Entenda que a sua autoestima é apenas o que você pensa sobre você mesma.
Independentemente de qualquer outro fator externo ou pessoa. Se isso independe de qualquer outra pessoa, como pode ser egoísmo, não é mesmo? É só pensar em um mundo único cujo único habitante é uma pessoa muito especial: você!
Um Forte abraço,
Lu Gnoatto