Por que a pressão para “ser feminina” causa tantos danos às mulheres?

Um estudo recente sobre gêneros, realizado nos Estados Unidos, mostrou quais eram os atributos mais relevantes quando se pensava sobre “ser feminina”. As respostas que mais apareceram foram: ser delicada, ser meiga, ser doce, ser simpática, perseguir o ideal de padrão de beleza, ser caseira, cuidar bem dos filhos e investir em um relacionamento romântico.

Esses aspectos sobre ser feminina parecem um pouco ultrapassados, não é mesmo? E eles são. Eles foram definidos durante séculos de vigência de uma sociedade patriarcal que, agora, começa a mudar com a abrangência do feminismo.

Inclusive, se você fizer uma pesquisa nas ferramentas de busca da internet sobre “ser feminina”, você vai encontrar definições opostas ao ser feminista e relacionadas automaticamente com palavras como atraente, delicada e meiga.

Esses conceitos, no entanto, pressionam tanto as mulheres mundo afora que transforma as estatísticas de saúde mental em um grande retrocesso para as mulheres.

Segundo pesquisas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o transtorno de ansiedade é duas vezes mais comum em mulheres do que nos homens.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de Síndrome do Pânico são três vezes maiores nas mulheres do que nos homens.

Mas nós, mulheres, sabemos muito bem que não precisamos de estatísticas para perceber que os padrões do “ser feminino” impostos pela sociedade patriarcal pressionam as mulheres.

Pense em seu círculo social: você conhece alguma mulher que teve ou está vivendo com algum sintoma de ansiedade ou pânico?

Eu, por exemplo, posso citar de cabeça pelo menos cinco mulheres que já precisaram tratar esses distúrbios causados pela enorme pressão que vivemos hoje.

A pressão que vem de sermos mulheres perfeitas, “femininas”, supermulheres faz com que sintamos culpa e vergonha quando não atingimos esses ideais que vemos na TV, no cinema, nas revistas e nas redes sociais.

Precisamos quebrar barreiras, romper esse ideal patriarcal e fazer com que feminino e feminista sejam a mesma coisa.

Click Here to Leave a Comment Below

Amanda - 29 de março de 2018

Simplesmente adorei

Reply
Dulce - 29 de março de 2018

Muito obrigada Lu você tem ajudado muito era tudo que eu precisava ler hoje

Reply
    Lu Gnoatto - 12 de setembro de 2018

    Gratidão, Querida!
    Forte abraço

    Reply
Maria Adriana Costa da Silva - 29 de março de 2018

Precisamos romper esses paradigmas,pois é exatamente assim que ainda me sinto. Quando não dou conta de trabalhar fora e cuidar da casa,me sinto frustrada,embora tenha marido q poderia me ajudar,só me cobro,enquanto deveria cobrar dele nos serviços de casa.

Reply
Máira - 29 de março de 2018

As mulheres possuem um poder intrínseco que muitas vezes incomodou essa sociedade patriarcal que nos foi imposta. Porém, o mundo está em plena mudança e as mulheres têm um papel fundamental nesse cenário, o poder da deusa está renascendo ainda mais forte para fazer desabrochar um mundo melhor para todos nós.

Reply
    Lu Gnoatto - 12 de setembro de 2018

    Perfeito, Máira.
    Está havendo sim uma mudança planetária e eu também acredito que a mulher tem um papel fundamental neste cenário. Com harmonia e amor conseguiremos chegar lá.

    Reply
Rose lessa - 29 de março de 2018

Adorei o texto ?????eu mesmo tenho nada disso pois sou contrária do que a sociedade pensa sou mulher mas concerto carro cuido de tudo e continuo sendo feminina.

Reply
Adriana De Oliveira Velho - 29 de março de 2018

Boa tarde, Lu!Ainda acho que a sociedade é patriarcal.A mulher trabalha 40 horas semanais e quando chega em casa tem todo o serviço da casa pra fazer. Como se somente nós mulheres fossemos responsáveis pelos filhos e pela casa.Se for pra ser assim então, não precisasse de marido.Porque marido que não ajuda nos afazeres domesticos acaba sendo mais trabalho. Porque parece que temos outro filho em casa e não um companheiro. Porque nós mulheres sempre temos que se preocupar com os outros e quem cuida de nós e se preocupa conosco?E depois de todos esses compromissos, ainda subestimam nossa inteligência e tenham nos diminuir.HOMEM não é superior a mulher.Eu quero respeito ao meu gênero não sou burro de carga.

Reply
    Lu Gnoatto - 12 de setembro de 2018

    Oi Querida.
    Siim, infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade patriarcalista.
    Eu acredito que só vamos acabar com este machismo, quando houver uma conscientização da sociedade que é preciso equilíbrio e a harmonia entre estas duas energias, a masculina e a feminina.
    Forte abraço

    Reply
Maria Rocha - 29 de março de 2018

A sociedade cobra isso mesmo… Mas eu procuro fazer o que eu gosto e o que é melhor para mim.

Reply
    Lu Gnoatto - 12 de setembro de 2018

    Parabéns, Maria!!!
    Você está corretíssima.
    Forte abraço

    Reply
Adriana Bonilha - 30 de março de 2018

É isso mesmo! Gostei muito!

Reply
Simone Ribeiro - 31 de março de 2018

Que belo artigo, Lu! ??? Como faz todo sentido cada palavra escrita… A ansiedade é o mal do século… Precisamos rever muitos dos conceitos e, principalmente rever o que realmente faz bem a nós,
mulheres. Grande ?!

Reply
jucilene almeida de lima - 4 de abril de 2018

O conceito ser feminina é amplo e abrangivo pois cada mulher tem sua própria essência independente de padrões e regras ditadas pela sociedade machista em que vivemos! Essa é minha opinião!??

Reply
Leave a Reply: