Como assumir o nosso poder pessoal

Todos nós temos nossa marca registrada, nossa particularidade, aquilo que nos diferencia de todos os outros, como se fosse uma assinatura. Isso é o nosso poder pessoal. Ninguém pode roubar de nós, ou impedir que o manifestemos, a não ser que autorizemos o outro a isso.

Frequentemente me perguntam como é possível assumir o seu poder pessoal, o que precisamos fazer para não abrir mão dele, e neste texto eu pretendo dizer como eu mesma aprendi a assumir esse poder.

Em primeiro lugar, você precisa desautorizar as pessoas a tomarem conta da sua vida, a ditarem as regras que você deve seguir. Só você mesma é capaz de determinar o que pode ou não manifestar. Essa autorização só você permite que o outro tenha, e se tem muita gente “mandando” na sua vida, brincando de decidir o que é melhor para você, sugiro que você comece por aqui: recuperando seu poder de dizer NÃO.

Muitas vezes, por medo de sermos rejeitados, abrimos mão desse poder e acabamos por seguir exatamente o caminho que o outro acha que é certo para nós. Quase sempre essa orientação chega das pessoas que mais amamos, que fazem isso até de forma inconsciente. Acontece que você nunca será dona do seu poder se estiver tentando agradar alguém para ser amada. Isso pode até funcionar por algum tempo, mas uma hora vai cansar. Você vai se sentir vazio e não vai entender quem é mesmo você no meio desses papéis todos que fizeram você se perder de si. É esse vazio que costuma nos despertar para a necessidade de resgatar o poder que perdemos.

Atender a expectativa alheia faz parte de um caminho fadado ao fracasso, que só se resgata com muito autoconhecimento. Você precisa prestar atenção, antes de tentar agradar qualquer outra pessoa, em si mesma. O que te agrada? O que faz seu coração vibrar? O que te faz estar verdadeiramente feliz? Quando você começa a agir na direção de atender a SUA vontade, esse poder pessoal surge. E o coração, quando está alinhado com nossas ações, dificilmente permite que esse poder seja dado a outra pessoa além de você mesma.

Então a minha segunda dica aqui é: o que te faz feliz? Reflita profundamente sobre isso e estabeleça metas que façam você andar nessa direção.

É preciso assumir quem se é. As coisas que a gente gosta, os lugares que a gente deseja estar, o que nos faz sentir preenchidos, plenos, inteiros. Só assim conseguimos a autoestima necessária para não precisar mais agradar ninguém.

No começo essa transformação (de se tornar quem se é de verdade) pode até incomodar ou desagradar algumas pessoas, especialmente se você for daquelas que, como eu, também achava que precisava agradar todo mundo antes se si própria. Mas passa. Aos poucos quem te ama de verdade e deseja o seu bem vai ficar feliz, junto com você, porque o seu caminho é muito mais autêntico depois que você resolveu assumir ser quem você é.

Se você não tem certeza sobre o que te faz feliz, sugiro que experimente ficar mais tempo sozinha com você mesma, observando os seus pensamentos, em silêncio. Há dentro de todos nós uma força silenciosa, uma voz que geralmente chamamos de intuição ou inspiração, que sempre sabe por onde devemos ir. O excesso de barulho ao redor acaba nos desconectando dessa voz, mas sempre temos como resgatá-la: basta silenciar um pouco.

Não podemos dar ao outro a responsabilidade das escolhas que só nós podemos fazer. Precisamos ser coerentes com a nossa essência, com quem somos, sem medo de expressar tudo isso, sem nos preocupar com as críticas ou julgamentos.

Não vamos, nunca, agradar todo mundo. Nem sendo aquilo que os outros querem que a gente seja. Se nem Jesus Cristo, que foi o grande mestre, conseguiu, quem somos nós para desejar esse poder? Quando você para de tentar agradar a plateia e faz da sua vida uma experiência de autenticidade e reencontro consigo mesma, pode se tornar alguém muito mais feliz!

Portanto, trate de abraçar tudo que você é, inclusive as suas imperfeições, e simplesmente SEJA.

Um grande beijo

Lu Ghnoatto

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